O termo síndrome do impostor é usado para caracterizar comportamentos psicológicos, que fazem o indivíduo acreditar ser uma fraude, principalmente, no trabalho. Essa síndrome está associada à autossabotagem e afeta, na maioria dos casos, as mulheres.
Os homens costumam sofrer com a síndrome do impostor durante a vida acadêmica. Porém, as mulheres sentem uma pressão maior no ambiente profissional, o que, muitas vezes, faz com elas se sintam incapazes de realizar algumas tarefas.
Mesmo que sejam totalmente qualificadas para o cargo, as mulheres podem se colocar em segundo plano, acreditando ocupar uma função que não têm capacidade. Por mais que o quadro esteja relacionado a questões individuais, também sofre influência de temas sociais. Entenda melhor a seguir!
O que é a síndrome do impostor?
A síndrome de impostor é uma autopercepção de conquistas só foram possíveis devido à contribuição de terceiros e, até mesmo, contando com a sorte. Ao longo da trajetória profissional, é comum receber o auxílio de outras pessoas, que colaboram para o crescimento individual e o desenvolvimento de habilidades.
Porém, quem sofre com a síndrome do impostor, não consegue identificar seus méritos. Dessa forma, a pessoa sente que está trapaceando em sua carreira, e a qualquer momento seus colegas de trabalho podem descobrir que ela não é capaz de realizar seu próprio trabalho. Veja que, nesse caso, existe falta de clareza, que faz com que a percepção sobre si mesmo esteja distorcida.
Uma questão individual e social
A síndrome da impostora pode ter relação com processos na infância, onde a criança recebia cobranças excessivas. Assim, desenvolve-se a tendência a querer fazer mais do que o necessário, para conseguir conquistar algo. Entretanto, não pense que a síndrome de impostora se enquadra apenas no contexto individual.
Na verdade, é um problema social, visto que abala, sobretudo, as mulheres. Em uma sociedade patriarcal, atividades que, ao longo da história, eram desempenhadas por mulheres, como o cuidado da casa, por exemplo, eram vistas como menos importantes que tarefas realizadas por homens.
Com o tempo, tudo isso foi mudando, já que a mulher passou a ocupar cada vez mais cargos importantes dentro das empresas. Porém, no imaginário social, ainda existe essa associação, que, de certa forma, deprecia o trabalho da figura feminina.
Como a síndrome de impostor afeta a vida profissional e pessoal?
Para as mulheres, que sofrem com a síndrome do impostor, é comum passar por um intenso desgaste dentro do ambiente profissional. Tudo isso gera estresse e frustrações, além da sobrecarga de atividades.
Outro fator negativo é a tendência à autossabotagem e procrastinação. Por pensar não ser boa o suficiente para desempenhar uma tarefa, a pessoa pode optar por não impulsionar sua carreira. O que gera estagnação e pensamentos negativos sobre si mesmo.
Além disso, a síndrome não perturba somente o campo profissional, na verdade, a vida pessoal tende a ser afetada como um todo. Inclusive, alguns indivíduos que sofrem com a síndrome boicotam seus próprios relacionamentos, seja com amigos ou parceiros amorosos, por padrões de insegurança e baixa autoestima.
Quais os sintomas?
- Desmerecer as próprias conquistas;
- Procrastinação;
- Dificuldade de lidar com erros;
- Sensação de não pertencimento, principalmente no ambiente de trabalho;
- Adiar tarefas importantes.
É possível superar a síndrome do impostor?
Se você sofre com a síndrome do impostor, saiba que é possível superar essa condição. Porém, o ideal é procurar por atendimento terapêutico. Um psicólogo ou um terapeuta poderá te auxiliar a lidar com suas inseguranças e vencer essa etapa. De toda forma, existem algumas dicas que podem te ajudar.
A primeira delas é evitar comparações. Afinal, todas as pessoas têm suas próprias qualidades, então busque reconhecer as suas sem fazer paralelo com os outros. Valorize o que você já atingiu, mesmo que sejam pequenas conquistas. Outra dica é deixar a cobrança de lado e aceitar suas limitações, com respeito e amor próprio.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.